terça-feira, 24 de maio de 2011

A Criança e o Adolescente em 1o. Lugar II

Toda criança e adolescente tem direito a atendimento prioritário e quase sempre esse direito é violado. Temos muitos Hospitais desorganizados, ambulatórios insuficientes e uma grande falta de profissionais. Nos PSFs encontramos poucos médicos e muitos guerreiros agentes e enfermeiros que lutam para fazer o melhor, mas esbarram no sistema e na sua limitação profissional, pois estão preparados para uma função e não são médicos. Muitas mães fazem verdadeira via sacra para conseguir uma consulta com especialista ou marcar um simples exame. A fila para psicologia, neurologia e fonoaudiologia são quilométricas e até nossas crianças e adolescentes vítimas de violência sexual não recebem o devido tratamento, pois faltam profissionais. Quantos Psicólogos a UCP forma por ano? Vários com certeza. Então, o que está faltando? Boa vontade política, comprometimento com a população infanto juvenil e claro não poderia deixar de citar, falta um coração de carne que seja capaz de se colocar no lugar de um pai ou uma mãe que se sente frustrado ao ver seu filho doente e não consegue atendimento de qualidade, mas ficam rodando de um lado para outro feito barata tonta. Os administradores públicos passam por essa situação? Será que quando seus filhos adoecem, eles precisam ir repedidas vezes a Secretaria de saúde ver como está sua solicitação para receberem a bela resposta de que sua vez ainda não chegou e que seu filho está na fila? Como pai me sinto indignado quando vejo uma criança com problemas de saúde crônico ou tendo seu desenvolvimento escolar prejudicado por falta de um fonoaudiólogo ou outro profissional da área de saúde mental. Como poderei cobrar no futuro daqueles que no presente são abandonados? Como exigir qualificação, educação e comprometimento daquele que hoje é cruelmente negligenciado? É preciso dar um basta e tratar nossa Infância e Juventude com dignidade e respeito, cumprir com o que diz nossa constituição, tratando os nossos como verdadeiros cidadãos e detentores de direitos. Devemos olhar para nossas crianças com amor e respeito e ver que se aquela criança tiver sucesso a minha geração será bem sucedida, pois fui capaz de não apenas viver bem, mas garantir que as próximas gerações também vivam e assim iniciar um processo de transformação de valores e dando qualidade de vida e dignidade a estes que em tantos momentos subestimamos e pensamos que nada querem e nada sabem, onde na verdade querem ser amados e respeitados e sabem que não chegarão a lugar algum se nós não comprometermos com eles. Nossos filhos, nossos netos, afilhados, sobrinhos. Nossas crianças e adolescentes em 1o. lugar.

Rodrigo Lopes - Camelo

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