sexta-feira, 25 de junho de 2010

CONSELHO TUTELAR NÃO É POLÍCIA



Conselho Tutelar não é órgão de repressão!

A confusão é histórica. Desde a implantação dos primeiros Conselhos Tutelares em território nacional buscou-se implantar nele características ‘policialescas’.Percebo que esta ação ocorre devido às lacunas na rede de atendimento à criança e ao adolescente nos municípios e também pela falta de preparo dos pais ou responsáveis em educar os próprios filhos.Bem simples assim:A família enfrentando problemas, por exemplo, com a educação dos filhos vê nos Conselheiros Tutelares uma referência de ‘ameaça’, implantando na criança medo do Conselho Tutelar, como se este pudesse lhe alcançar com alguma forma de punição. Grande engano.Também as instituições e instâncias públicas vêem o Conselho Tutelar como órgão de repressão.A escola é exemplo importante desta conduta. Cada vez que ela enfrenta problemas de indisciplina com seus alunos tenta resolver o caso com o acionamento do Conselho Tutelar.A instituição escolar pouco aciona o Conselho Tutelar para o que realmente lhe compete. Por exemplo, nos casos de suspeita ou confirmação de violência, nos casos de evasão escolar ou reiteradas repetências. O Conselho Tutelar tem sido acionado até mesmo para atender casos de ato infracional cometido por adolescente dentro do perímetro escolar.Em algum momento da história ‘alguém’ fez a seguinte declaração: “Quando tem ‘menor’ tem que chamar o Conselho Tutelar”, e isso se tornou regra. Grande erro!Não é porque o fato envolve um adolescente que necessariamente o Conselho Tutelar deve ser acionado. O caso destacado acima é um exemplo disto. Quando um adolescente (12 à 18 anos) comete um ato infracional (crime), quem deve ser acionado para o atendimento é a Polícia Militar. Porém se o mesmo ato infracional for cometido por criança (até 12 anos de idade incompletos) quem deve ser chamado é o Conselho Tutelar.Até mesmo alguns Promotores de Justiça e Juízes tem visão distorcida do Conselho Tutelar, por isso acabam por ‘exigir’ dos Conselheiros Tutelares ações como a de fiscalização de bares, festas e eventos. Quando a autoridade comete este erro ela está confundindo o Conselho Tutelar com órgãos de segurança pública e com os antigos Comissários de Menores.Mas definitivamente o que tem contribuído para que o Conselho Tutelar tenha solidificado em sua imagem características dos órgãos de segurança pública é a postura de alguns conselheiros tutelares que insistem em se utilizar de carteiras de identificação idênticas às das polícias ou mesmo aquele colete preto escrito de amarelo CONSELHO TUTELAR.A insígnia contendo o Brasão das Armas Nacionais é um objeto próprio das polícias e não deve ser utilizado pelos membros do Conselho Tutelar. Conheço alguns Conselhos Tutelares que se utilizam deste adereço. Trata-se de uma carteira de couro preta com o Brasão de metal escrito CONSELHO TUTELAR. Tal utilização é ilegal. A utilização do Brasão da República (Brasão das Armas Nacionais) é regulamentada por lei própria e o Conselho Tutelar está excluso do rol de órgãos e instâncias que podem fazer a utilização do mesmo.Definitivamente: o Conselho Tutelar não compõe o aparato de segurança pública do município, por isso não deve agir como tal. O Conselho Tutelar é o órgão ‘zelador’ dos direitos da criança e do adolescente, e como já disse nos outros artigos que escrevi, e em especial no livro: CONSELHO TUTELAR, Liberte-se!, “Zelar é fazer com que aqueles que devem atender efetivamente o façam”.Ta na hora de dar a grande ‘virada’ e excluir de nossos Conselhos Tutelares toda e qualquer característica ‘policialesca’ e a partir desta ação maximizar o verdadeiro atendimento tutelar.
Grande abraço!!
Luciano Betiate
Consultor dos Diretos da Criança e do Adolescente
www.portaldoconselhotutelar.com.br

terça-feira, 22 de junho de 2010

REUNIÃO COM PAIS E ALUNOS EM CASCATINHA


REUNIÃO COM PAIS E FILHOS - 22/06/2010
Hoje me reuni com pais e alunos da Escola Estadual Irmã Cecília Jardim em Cascatinha. Cerca de 500 pessoas estavam presentes entre pais e alunos. O enfoque da reunião foi a importância da participação dos pais na vida escolar de seus filhos. Muitos pais não acompanham o desenvolvimento escolar de seus filhos e tão pouco sabem com quem eles estão andando. A Escola é parceira fundamental para que pais evitem que seus filhos sigam por caminhos errados e tenham garantidos seu pleno desenvolvimento. Através da Escola é possível identificar problemas de saúde e até mesmo comportamentais e auxiliar os pais a buscarem a ajuda necessária. O Conselho Tutelar tem aproveitado esses espaços para orientar os pais quanto seu dever em acompanhar e se fazer presente na vida de seus filhos. Vejo os problemas de conduta dos adolescentes, o alto índice de consumo de drogas e atos infracionais praticados por estes e durante os atendimentos, conhecendo a história de vida de cada um, fica claro que a falta de um convívio familiar consistente deixa vazios na vida que acabam sendo preenchidos por práticas e valores conturbados. A cada momento surgem programas, ideias e projetos públicos que visam dar assistência as famílias, mas não conseguimos ver os resultados esperados, pois a falta de compromisso dos governantes em dar continuidade e até mesmo em colocar a família no centro das políticas e não tratá-la com atos paleativos. Enquanto a família não ocupar os projetos políticos e sociais com a importância que merece, estas serão prejudicadas e com isso nossa juventude, que com o sofrer de suas famílias multiplicarão as práticas vividas em suas casas. A família precisa de atenção especial de nossos governantes. Família fortalecida é sociedade forte.

sábado, 19 de junho de 2010

PARA COMEMORAR -Dep. HUGO LEAL ACERTOU

Balanço do primeiro ano da Lei Seca: mortes no trânsito do Rio caem 32%, a maior redução do país

O Estado do Rio obteve os melhores resultados de todo o Brasil contra a violência no trânsito após o início da vigência da Lei Seca, em 20 de junho de 2008. Um balanço divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, no Rio, mostra que o número de mortes em acidentes caiu 32% nos 12 meses após o cerco aos que bebem e dirigem, em comparação com os 12 meses anteriores. A redução no Rio foi de 2.169 para 1.475 óbitos, a maior entre os 26 estados e o Distrito Federal. É como se 694 vidas tivessem sido poupadas após as mudanças no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que aumentaram as penas para o motorista que associa álcool e volante. Para o governo federal, os dados indicam que a fiscalização tem sido eficiente e que a sociedade está se conscientizando.
O Rio também figura no topo do ranking dos estados que mais baixaram a taxa de mortalidade - uma medida da carnificina no trânsito em termos relativos. Antes da Lei Seca, morriam em acidentes 12,7 pessoas por cem mil habitantes - índice que passou para 8,5, uma variação para menos de 32,5%.
No Brasil, a queda no número absoluto de mortes foi de 2.302 óbitos (de 37.161 para 34.859), o que corresponde a 6,2%. Já a taxa de mortalidade passou de 18,7 por cem mil habitantes para 17,3 (7,4% a menos). Para o ministério, é possível atribuir os avanços à Lei Seca porque havia uma tendência histórica de crescimento da violência e, no período analisado, o único fator novo de redução foi a nova legislação, sancionada em junho de 2008 pelo presidente Lula. Ministro:

"Twitter não adianta nada"

Em 17 estados, houve menos mortes. Além do Rio, os resultados mais expressivos foram os de Espírito Santo (18,6% a menos), Alagoas (menos 15,8%), Distrito Federal (menos 15,1%) e Santa Catarina (menos 11,2%). Os demais registraram aumento, com destaque para Rondônia (10,6% a mais), Sergipe (mais 9,1%), Amapá (mais 6,9%) e Paraíba (mais 6,5%). A taxa de mortalidade caiu em 15 estados, fora o Rio. Ela cresceu principalmente em Rondônia (10%), Sergipe (8,6%), Amapá (5,6%) e Amazonas (5,5%). As disparidades indicam que, pelo país afora, o engajamento dos órgãos de fiscalização à lei é desigual.
Durante a apresentação dos números, o ministro José Gomes Temporão não poupou elogios ao governador Sergio Cabral (PMDB), candidato à reeleição. Disse que o desempenho do estado expressa compromisso político. E criticou o Twitter da Lei Seca, que informa aos seguidores os locais das blitzes, criada no ano passado:
- Não adianta nada. Essa twittada está perdendo para a estratégia e a sagacidade da campanha.

Temporão afirmou que, durante décadas, o país tentou reduzir as estatísticas de morte no trânsito, fortemente influenciadas pelo uso de álcool, mas agora começa a conseguir resultados, embora ainda seja necessário avançar:
- A sociedade brasileira precisava de um pai, e o pai apareceu na figura da lei: normas, limites.
O ministério destacou indicadores que expressam mudança no comportamento dos motoristas. As pessoas que admitiam dirigir após consumo abusivo de álcool eram 2,1% em 2007 (ano anterior à lei), percentual que caiu para 1,4% em 2008. No ano passado, houve ligeiro aumento (1,7%), mas ainda abaixo do patamar inicial. Isso pode indicar que, pouco a pouco, setores da população estão perdendo o medo das blitzes.
Conforme os levantamentos apresentados nesta sexta-feira, o comportamento de risco é maior entre homens, embora esteja em tendência de queda. Adultos de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos são os que mais dirigem depois de beber.
O governo do Rio divulgou o seu balanço da Operação Lei Seca. Conforme dados do Corpo de Bombeiros, houve menos 5.037 pessoas mortas, mutiladas e feridas nos primeiros 13 meses de vigência do esquema de fiscalização, implantado na capital e cidades da Região Metropolitana, comparando-se com os 13 meses anteriores. Em 23 bairros do Rio, o número de mortos caiu expressivamente. Em Anchieta, as ocorrências zeraram. Na Barra da Tijuca, caíram de 70 para 40.
O porta-voz da Operação Lei Seca, Carlos Alberto Lopes, disse que o uso de álcool hoje é prática da minoria dos motoristas. No total, 220 mil já sopraram o bafômetro, mas só em 1,4% foi detectado álcool no sangue acima dos limites permitidos. Há indicativos, segundo ele, de que a resistência à fiscalização está diminuindo:
- No início, entre 10% e 12% se recusavam a soprar. Agora, o percentual é de 5,5% - comparou. - As pessoas estão entendendo que a lei não é contra elas, mas a favor da vida. Cada vez mais, recorrem ao amigo da vez e a meios de transporte como vans, metrô, ônibus e táxis.

Rendimento de táxis aumenta 30%

Lopes lembrou também o esforço das equipes de fiscalização que trabalham nas ruas do estado. De acordo com Lopes, são sete grupos, com 20 pessoas cada, que participam de blitzes em vários pontos da cidade, todos os dias da semana. Há ainda o diferencial de 30 cadeirantes também abordarem os motoristas.
Os taxistas da capital têm motivos de sobra para comemorar a Lei Seca. Segundo o governo, o rendimento deles aumentou, em média, 30%.
As blitzes da Lei Seca no Rio acontecem, prioritariamente, nos locais de maior incidência de acidentes. A Avenida Brasil aparece em primeiro lugar no ranking, seguida de outras vias de grande movimento como as avenidas das Américas e Presidente Vargas.
Especialista em prevenção de acidentes e membro da Câmara Técnica de Educação e Cidadania do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Fernando Pedrosa acredita que o Rio teve o destaque merecido, mas não pode descuidar para não perder os resultados.
- O Rio conseguiu uma redução que é quase o dobro da obtida pelo estado do Espírito Santo, que ficou em segundo lugar. Isso é muito bom. Só foi possível porque houve uma decisão de tratar a lei como uma política pública, de governo. Mas a lei ainda é uma criança, precisa de cuidados paternos, não podemos descuidar. No Japão, a lei, que era muito rigorosa, só começou a ser abrandada depois que a sociedade passou a corresponder espontaneamente. Ainda não chegamos a esta fase - avaliou.

Fonte: O Globo

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PAIS MAUS

"Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter-lhes perguntado aonde vão, com quem vão, e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio, e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.- Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar os doces que tiraram do supermercado, ou revistas, do jornaleiro, e fazê-los dizer ao dono: "Nós tiramos isto ontem, e queríamos pagar".- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.- Eu os amei o suficiente para deixá-los ver, além do amor que eu sentia por vocês, o meu desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.- Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para lhes dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até me odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci... Porque, no final, vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva pais e mães; quando eles perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
"Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo. As outras crianças comiam doces no café e nós só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes, comiam batatas fritas e sorvetes no almoço, e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistiam em que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade, e apenas a verdade.
E, quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite, com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos até os 16 para chegar um pouco mais tarde; e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos, ao voltar).
Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, roubo, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por crime algum.

FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!

Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo o melhor para sermos PAIS MAUS, como eles foram".
EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE:
NÃO HÁ PAIS MAUS O SUFICIENTE!

Dr. Carlos Hecktheuer- médico psiquiatra

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Reunião Política




No dia 10 desta mês participei de uma reunião com jovens da minha Paróquia (Santo Antônio - ALto da Serra). O assunto foi fé e política, falamos da importância do Cristão estar atento as realidades políticas e que como somos chamados a ser sal da terra e luz do mundo é nosso dever ser atuando na realidade política de nossa Cidade, Estado e País, pois precisamos escolher bem nossos representantes e assim com nosso voto mudar a realidade em nossa volta. A Política é o uso legítimo do poder para alcançar o bem comum da sociedade (João Paulo II). De fato se a política for utilizada em benefício do bem comum, conseguimos melhorar a vida das pessoas. Uma passagem boa para refletir é a parábola do bom samaritano: " Jesus então contou: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto. Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei" (LC 10,30-35). Apenas o samaritano foi capaz de olhar o necessitado e ver neste o próximo, assim deve ser um político com consciêcnia cristã, olhar os de sua Cidade, Estado e País como o próximo que preecisa ser acolhido, cuidado e respeitado. Não adianta evitar o que está presente no nosso dia-a-dia, pois o que o polícos corruptos querem é que as pessoas de bem odeiem política e assim fiquem livres para suas práticas corruptas. Cristão não se omite, mas participa concretamente das transformações sociais.

sábado, 12 de junho de 2010

REUNIÃO COM DEPUTADO HUGO LEAL


O Deputado Hugo Leal se reuniu com os Conselheiros Tutelares de Petrópolis para ouvir os Conselheiros e se colocar a disposição. Na reunião tratamos da necesidade da compra de equipamentos, veículos e materiais de consumo e também sobre a necessidade da criação de mais um Conselho no Município para atender melhor a população. Hugo Leal falou de seu carinho pela Cidade de Petrópolis e se comprometeu em estar sempre em contato com Conselho e em até mesmo se preciso for colocar uma emenda em favor do Município para compra de computadores, material de uso e até mesmo veículos. O Dep. Hugo Leal relatou que nunca esteve tão próximo de um Conselho Tutelar, mas que pela sua experiência Pública não lembra ter visto no Estado um Conselho Tutelar tão fortalecido.

terça-feira, 8 de junho de 2010

ELEIÇÕES 2010


Seg, 07 de Junho de 2010 09:20 cnbb

A sociedade brasileira vive indignada com a falta de ética que tem acontecido na política. Nas eleições experimentamos uma verdadeira corrupção eleitoral. É necessária uma nova consciência política, levando em conta o lema que tem sido muito citado nos últimos tempos no Brasil: “Voto não tem preço, tem consequências”.
Em outubro próximo vamos votar mais uma vez. Teremos que escolher o novo Presidente da República, os Governadores, os Senadores e os Deputados Federais e Estaduais. É momento de desafio porque os candidatos nem sempre são confiáveis. É hora de usar a Lei do querer popular e sancionada pelo Presidente da República no dia 4 de junho, a da “Ficha Limpa”.
Sempre dizemos que o futuro do nosso país está em nossas mãos. Isto é verdade quando lutamos pelo voto autêntico e por políticas públicas. A corrupção eleitoral não é culpa só dos nossos políticos. Ela está enraizada na mentalidade do nosso povo. Não somos bem educados para a cidadania. Basta saber que muitos acham normal a troca de voto por algum favor pessoal.
O caminho é formar eleitores com perfil ético e candidatos com verdadeira motivação para o bem comum. Temos que levar em conta que a política é tudo aquilo que interessa a todos nós, o cuidado com as coisas públicas, a defesa dos direitos e deveres, o compromisso com a vida e o bem da comunidade.
É importante saber que política não significa apenas eleições, mandatos, partidos e governo. Tudo o que fazemos tem uma conotação política, seja para o bem ou para o mal. O problema é a “politicagem”, que abusa da ordem política, prejudicando o bem comum. Não participar da política é favorecer a politicagem e promover os politiqueiros. Dizer não gostar de política é favorecer o politiqueiro.
O bom cidadão procura entender o processo político. Ele discute os problemas, lê jornais, ouve os noticiários e procura formar a sua opinião, não se deixando levar pelas maldades da mídia. Em política não existe neutralidade, porque tudo passa por decisões políticas. O voto é participar de um poder político. Não votar ou votar em branco é um crime contra a cidadania.
A corrupção eleitoral tem aumentado muito. Temos agora duas armas importantes: a Lei 9840 e a Lei da Ficha Limpa. Cada eleitor precisa se conscientizar para utilizar bem esses instrumentos, não deixando que a politicagem abafe a verdadeira política, ocasionando uma gestão com critérios irresponsáveis.
Vemos muitos interesses pessoais e de seus grupos. É preciso votar em quem defende os interesses do Estado e do País. Só assim teremos uma Nação mais livre, mais democrática e autônoma. A consequência será o bem de todos e maior autonomia de cada cidadão.

Dom Paulo Mendes Peixoto

48a. Assembléia Geral da CNBB


DECLARAÇÃO SOBRE O MOMENTO POLÍTICO NACIONAL


Sáb, 15 de Maio de 2010 12:18 cnbb

Nós, Bispos Católicos do Brasil, reunidos em Brasília, de 4 a 13 de maio de 2010, para a 48ª Assembléia Geral da CNBB, temos diante de nós a realidade do Povo Brasileiro, de cujas lutas e esperanças participamos. Os 50 anos da inauguração de Brasília e as eleições gerais do próximo mês de outubro nos proporcionam a oportunidade de refletir sobre a trajetória do País.
A realização da nossa Assembléia Geral em Brasília, no ano do jubileu de ouro da cidade e da Arquidiocese, quer expressar o apreço pelo que significou para a nação a construção da Capital do País em pleno planalto central.
O Jubileu de Ouro de Brasília, no entanto, precisa se transformar em oportunidade para que a Capital recupere o seu simbolismo original e se torne de fato fonte de inspiração para os sonhos de um País justo, integrado, desenvolvido e ecologicamente sustentável, que todos queremos. “O desenvolvimento é impossível sem homens retos, sem operadores econômicos e homens políticos que sintam intensamente em suas consciências o apelo do bem comum. São necessárias tanto a preparação profissional como a coerência moral” (Bento XVI, Caritas in Veritate, 71).
A celebração do Congresso Eucarístico Nacional em Brasília quer, igualmente, ser sinal deste anseio de País justo e fraterno, para cuja realização a Igreja Católica procura dar sua contribuição pelo testemunho dos valores humanos e cristãos que o Evangelho nos ensina. Seu lema “Fica conosco, Senhor” atesta a importância da presença do Deus da vida e da partilha em todos os momentos, também naqueles do exercício da cidadania.
O Brasil está vivendo um momento importante, por seu crescimento interno e pelo lugar de destaque que vem merecendo no cenário internacional. Isso aumenta sua responsabilidade no relacionamento com as outras nações e na superação progressiva de suas desigualdades sociais, produzidas pela iníqua distribuição da renda, que ainda persiste. Preocupam-nos os grandes projetos, sobretudo na Amazônia, sem levar devidamente em conta suas consequências sociais e ambientais. Permanece o desafio de uma autêntica reforma agrária acompanhada de política agrícola que contemple especialmente os pequenos produtores rurais, como fator de equilíbrio social.
A Igreja, comprometida de modo inequívoco com a defesa da dignidade e dos Direitos Humanos, apóia as iniciativas que procuram garanti-los para todos. Todavia, denuncia distorções inaceitáveis presentes em alguns itens do PNDH-3.
Destacamos a importância do projeto de lei denominado “Ficha Limpa”, de iniciativa popular, em votação nestes dias no Congresso Nacional, como exemplo de participação popular para o aprimoramento da democracia, como já ocorrera com a aprovação da Lei 9840, contra a corrupção eleitoral, cuja aplicação requer contínua e atenta vigilância de todos, para que não continue a praga da compra e venda de votos. Esperamos que seja um instrumento a mais para sanar o grave problema da corrupção na vida política brasileira.
Permanecem oportunas as palavras de João Paulo II: “A Igreja encara com simpatia o sistema da Democracia, enquanto assegura a participação dos cidadãos nas opções políticas e garante aos governados a possibilidade de escolher e controlar os próprios governantes (...) ela não pode, portanto, favorecer a formação de grupos restritos de dirigentes que usurpam o poder do Estado a favor dos seus interesses particulares ou de objetivos ideológicos” (Centesimus Annus, 46).
Urge uma profunda reforma política, iluminada por critérios éticos, com a participação das diversas instâncias da sociedade civil organizada, fortalecendo a democracia direta com a indispensável regulamentação do Art. 14 da Constituição Federal, relativo a plebiscito, referendo e iniciativa popular de lei. A Reforma Política “precisa atingir o âmago da estrutura do poder e a forma de exercê-lo, tendo como critério básico inspirador, a participação popular. Trata-se de reaproximar o poder e colocá-lo ao alcance da influência viável e eficaz da cidadania” (Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática, Documentos da CNBB 91, 101).
A campanha eleitoral é oportunidade para empenho de todos na reflexão sobre o que precisa ser levado adiante com responsabilidade e o que deve ser modificado, em vista de um Projeto Nacional com participação popular. Por isso, incentivamos a que todos participem e expressem, através do voto ético, esclarecido e consciente, a sua cidadania nas próximas eleições, superando possíveis desencantos com a política, procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana. Em particular, encorajamos os leigos e as leigas da nossa Igreja a que assumam ativamente seu papel de cidadãos colaborando na construção de um País melhor para todos.
Confiando na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, invocamos as bênçãos de Deus para todo o Povo Brasileiro.


Brasília, 11 de maio de 2010


Dom Geraldo Lyrio RochaArcebispo de MarianaPresidente da CNBB


Dom Luiz Soares Vieira Arcebispo de Manaus Vice-Presidente da CNBB


Dom Dimas Lara BarbosaBispo Auxiliar do Rio de JaneiroSecretário-Geral da CNBB

quarta-feira, 2 de junho de 2010

OS MANDAMENTOS DE UM POLÍTICO

Estamos em ano eleitoral e em pouco tempo teremos várias pessoas na ruapedindo nosso voto. Como devo escolher meu condidato? É preciso ter a consciência de que estou dando uma procuração aos eleitos para agirem em meu nome, cuidando dos meus direitos e interesses. Peguei esse texto do Blog do Professor Felipe Aquino.

“As Bem-aventuranças do Político” foram escritas anos atrás pelo Cardeal Francisco Javier Van Thuan. É uma reflexão muito importante para os políticos de todos os paises.

O Cardeal Francisco Javier Van Thuan foi um bispo vietnamita que passou treze anos em uma prisão durante o regime comunista do Vietnam, e que em seguida, libertado, foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz. O Cardeal vietnamita “elaborou algumas Bem-aventuranças do Político fundando-se nas Bem-aventuranças do Evangelho”.

· “Bem-aventurado o dirigente político que entende seu papel no mundo“. Parece uma definição geral mas assinala ou para que está e qual é sua função. Quer dizer que é um servidor de seus irmãos, de seu país, de seu povo.

· “Bem-aventurado o dirigente político que exemplifica pessoalmente a credibilidade“. Não a reclama mas sim com seu exemplo se faz exemplar.



· “Bem-aventurado o dirigente político que trabalha pelo bem comum e não por interesses pessoais“.

· “Bem-aventurado o dirigente político que é sincero consigo mesmo, com sua fé e com suas promessas eleitorais“.



· “Bem-aventurado o dirigente político que trabalha pela unidade e faz de Jesus o apoio de sua defesa“. O Cardeal Van Thuan estava se referindo, sobretudo aos políticos que se consideram cristãos ou aos cristãos que se introduzem na arena política”.

· “Bem-aventurado o dirigente político que trabalha pela mudança profunda, das raízes, nega-se a chamar bom o que é mau e utiliza o Evangelho como guia“.



· “Bem-aventurado o dirigente político que escuta ao povo antes, durante e depois da eleições e que sempre escuta a Deus na oração“.

· “Bem-aventurado o dirigente político que não tem medo da verdade nem dos meios de comunicação, porque no momento do julgamento responderá só ante Deus, não ante os meios de comunicação”.

Há uma grande diferença entre Política e politicagem; o político é aquele que faz da vida pública uma maneira de “servir ao povo”, de buscar o bem comum; por outro lado, o politiqueiro, é aquele que “se serve do povo”, e usa do poder político que o povo lhe confere para se enriquecer, traficando influências, corrompendo, roubando, subornando e até mesmo ameaçando e promovendo represálias e ameaças contra os que combatem os seus erros.

O político honesto pode ser um santo, um homem de Deus a serviço da nação; o politiqueiro, mal intencionado, é o lado oposto da santidade, e um dia sentará no Tribunal de Cristo, para prestar contas dos seus atos.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

Violência na Escola

       No último final de semana, fomos surpreendidos com mais um caso de violência física em ambiente escolar. Um adolescente autista, foi ...