segunda-feira, 16 de maio de 2011

Administrar com responsabilidade

Nos últimos dias Petrópolis vem se surpreendendo com mais um grave problema na saúde. A maternidade do Hospital Casa da Providência está fechada e com isso a Cidade perde 30 leitos, o HAC (Hospital Alcides Carneiro) está ficando super lotado e as gestantes não recebem a atenção que merecem. O artigo 8º. Do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz que é assegurado à gestante, através do SUS, o atendimento pré e perinatal.

É preciso aprofundar a discussão sobre o descaso com que a população em muitos momentos vem sendo tratada, muitos administradores relatam suas dificuldades e ficam como que chorando em praça pública sem assumir qualquer responsabilidade sobre os problemas existentes. Em uma empresa privada cabe ao administrador responder e ser responsabilizado sobre a situação da empresa e não ficar pelos cantos chorando com um e com outro as dificuldades da mesma. O dono ou acionistas querem resultados e não querem saber se o empregado X ou Y não está produzindo, se o mercado não está favorável e a bolsa está em queda, eles querem lucro, resultados positivos. Assim deve ser com a administração pública. A pessoa que se coloca na administração pública, seja na esfera que for deve assumir os problemas e combatê-los, mostrar seus resultados e dizer aos seus (patrões/população) que os problemas existem, mas estão sendo combatidos e não ficar dando explicações sem um planejamento consistente e resultados pretendidos. No caso da saúde hoje nos deparamos com essa situação revoltante, pois nossas crianças estão correndo sérios riscos, até de vida, pois como garantir um bom nascimento se não há um local apropriado? A falta de atendimento para essas gestantes e conseqüentemente aos parturientes constui-se ao meu ver atentado contra vida e como a vida está sob a tutela penal deve ser tratado como crime contra vida e a partir do momento em que o administrador público tem conhecimento do problema e não toma providências para saná-los assumi pra si o risco sobre a vida dos atendidos pelo sistema e deve ser tratado como o código penal diz. Defendo que cabe a partir de certo ponto o administrador deve responder dolosamente por seus atos, pois conhece o problema, as conseqüências e nada fizeram, sendo sua a responsabilidade de fazer. Assim acabariam os acordos onde uma esfera protege a outra e todos procurariam fazer sua parte na busca de deixar para o outro a responsabilidade dos seus atos administrativos.

No dia a dia tenho a oportunidade de conhecer situações em que é preciso brigar para uma simples consulta médica ou um exame de baixíssima complexidade. Situações que a partir de uma boa vontade política não seriam evitadas. A população precisa estar atenta ao acontecimentos de nossa Cidade e enquanto não houver leis que punam exemplarmente o administrados público que não cumpre com suas obrigações as urnas é o grande tribunal e os eleitores os juizes que decidirão se estes continuarão e receberão a sentença da derrota das urnas e quem sabe aprenderão que com o povo não se brinca. Não podemos reclamar da situação se na hora de votar não prestamos a atenção e escolhemos de forma errada, irresponsável e até egoísta nossos representantes. Serviço Público é coisa séria.

Foto do Jornal Tribuna de Petrópolis

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