terça-feira, 10 de maio de 2011

Palestra de orientação nas escolas

Negligência e bullying. Esses são os principais temas abordados nas palestras promovidas pelo Conselho Tutelar nas escolas públicas e privadas do município. Só neste ano, mais de 30 instituições de ensino já foram atendidas, com participação maciça dos pais. Até ontem, outros 13 encontros já estavam agendados e devem acontecer ao longo do mês. A ideia é desmistificar a história de que a instituição se trata de um órgão punitivo.
De acordo com o conselheiro Agnes Dalzini, do Conselho Tutelar, nos encontros são esclarecidas as verdadeiras funções do órgão. “Muitos pais chegam com a idéia de que o Conselho Tutelar foi criado para punir os pais. Em alguns casos, são ameaçados pelos próprios filhos de ser denunciados. Ou seja, os dois lados têm impressões distorcidas”, explica Agnes.
Segundo o conselheiro, após as palestras os pais ou responsáveis pelas crianças saem mais confiantes, pois se trata de uma oportunidade de mostrar que o objetivo do órgão não é tirar o poder dos pais. “Ao contrário, queremos mostrar que o poder da família é deles e que não se trata de um órgão punitivo. Esse trabalho tem dado bons resultados, pois devolve a segurança aos pais que, em algumas situações, temem até chamar a atenção dos filhos”, completou.
Segundo os conselheiro, nas palestras são abordados diversos assuntos, mas os casos mais críticos observados nas instituições são os de negligência, principalmente nas escolas públicas do município. “Muitas crianças faltam muito à aula. Além disso, também observamos falta de higiene, como roupas sujas, por exemplo”, acrescenta Agnes Dalzini, completando: “Mas, isso não quer dizer que não ocorrem problemas nos colégios particulares. Eles existem, mas em menores proporções. Na maioria das vezes, as palestras são convocadas pelas escolas apenas como forma de apresentar o conselho e mostrar o seu papel”.
De acordo com o conselheiro Rodrigo Lopes, o órgão vem ampliando sua participação em reuniões de pais nas escolas da cidade. “Com as várias situações envolvendo crianças e adolescentes, o trabalho do conselho é orientar aos pais que participem da vida de seus filhos, colocando limites, prestando atenção nas mudanças de comportamento e cobrando empenho destes nas tarefas da vida, principalmente escolares”, explica, salientando que “entre os diversos assuntos tratados com os pais de alunos estão a evasão escolar, a violência e o perigo das drogas, principalmente para os adolescentes”.
No que tange à evasão escolar, os pais são alertados sobre os prejuízos causados na vida dos filhos e sobre as consequências às quais os responsáveis estão sujeitos. Uma das punições é o pagamento de multas que variam de 3 a 20 salários. “Queremos que os pais assumam seu papel na formação dos filhos. Entendo que um filho que em casa aprende regras, conhece limites e vive em um ambiente de respeito, terá maior aproveitamento no ambiente escolar”, completa o conselheiro.

FONTE: Jornal Tribuna de Petrópolis

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